Alvéolos
Os ductos alveolares terminam em um único alvéolo ou em sacos alveolares com vários alvéolos. Os alvéolos são as últimas estruturas da árvore brônquica e responsáveis pelo aspecto esponjoso do pulmão. São pequenas bolsas semelhantes a favos de mel, com paredes finas formadas por epitélio simples apoiado em tecido conjuntivo rico em capilares sanguíneos.
Entre dois alvéolos vizinhos existe o septo interalveolar, composto por:
- Duas camadas de epitélio (pneumócitos, principalmente do tipo I);
- Tecido conjuntivo com fibras elásticas e reticulares;
- E a rede capilar mais densa de todo o organismo.
A barreira hematoaérea, que separa o ar alveolar do sangue, é muito delgada (0,1 a 1,5 μm) e formada por: pneumócito tipo I, sua lâmina basal, lâmina basal do capilar e a célula endotelial capilar. Essa estrutura permite as trocas gasosas, na qual o oxigênio passa para o sangue e o gás carbônico segue no sentido contrário.
Tipos celulares da parede alveolar:
- Células endoteliais: mais numerosas, com núcleo mais alongado e formam o endotélio capilar contínuo.
- Pneumócitos tipo I: células achatadas que formam uma barreira muito fina para facilitar as trocas gasosas e impedir a entrada de líquidos.
- Pneumócitos tipo II: células arredondadas que produzem o surfactante pulmonar, um material lipoproteico que reduz a tensão superficial, evitando o colapso dos alvéolos e facilitando a inspiração.
O surfactante é constantemente renovado, sendo removido por pinocitose (pneumócitos e macrófagos) e pelo movimento ciliar que leva líquidos para os brônquios, onde se mistura ao muco e forma o líquido broncoalveolar — importante para eliminar impurezas e microrganismos. Em fetos, o surfactante começa a ser produzido apenas nas últimas semanas de gestação, quando surgem os corpos multilamelares nos pneumócitos tipo II.